Escrever, para mim, é sobretudo indagar: continuo a menina perguntadeira que perturbava os almoços familiares querendo saber tudo, qualquer coisa, o tempo todo. Portanto, escrevo para obter respostas que — eu sei — não existem..., por isso continuo escrevendo.
E escrevo sobre possibilidades de ser mais feliz — isso, eu sei também que depende um pouco de cada um de nós, de nossa honradez interior, nossa fé no ser humano, nosso compromisso com a dignidade. De sorte, e de decisões que muitas vezes só anos depois poderemos avaliar.
Falo do que somos: nobres e vulgares, sonhadores e consumidores, soprados de esperança e corroídos de terror, generosos e tantas vezes mesquinhos.
Escrevo para seduzir leitores: venham ser cúmplices da minha perplexidade fundamental, essa que me move.
Talvez seja essa a função de toda a arte (se é que ela tem alguma): a libertação e o crescimento de quem a exerce e de quem a vai contemplar.
Lya Luft. Pensar é transgredir. Rio de Janeiro: Record, 2004, p.179-81 (com adaptações).
Julgue se o item que se segue esta de acordo com o texto acima.
Outra forma correta para a idéia expressa entre parênteses na linha 8 é a seguinte: se caso ela tem alguma.
Certo
Errado